Por: | 6 de abril de 2021 5Min de leitura
A pandemia, assim como qualquer situação incerta exigiu de todos nós, seja na vida pessoal, ou nos negócios uma necessidade de reorganização, de adaptação. Essa é uma nova realidade esperada daqui para frente: a de transformar-se e estar preparado para lidar com eventos e situações inesperadas, de crise.
Eu já vinha percebendo isso, mas obviamente a pandemia despertou uma necessidade de olhar para aquilo que a gente acreditava que não podia mudar, mas não podia mais ficar como estava. Muito do que as pessoas criaram na cabeça como impedimento, caiu por terra da noite para o dia, literalmente. Como o caso do home office, que já se tornou um exemplo clássico.
Mas, o que faz a diferença nesse momento? Qual o facilitador para que um negócio mude de rumo? A resposta é a agilidade. Embora esse tema tenha sido cada vez mais discutido no mundo dos negócios, ele ainda precisa ser promovido e esclarecido em todos os níveis da organização.
Estamos falando de aplicar menos metodologia e investir muito mais em formação cultural, pensamento no negócio, colocando o cliente no centro.
Agilidade não é sobre fazer rápido e sim, ter a capacidade de reação e adaptação no menor tempo possível.
Isso é algo que sempre falo com os clientes, em especial nas organizações em que as estruturas são mais hierárquicas e rígidas, que seguem um modelo de gestão herdado do século passado e tem dificuldades para entender essa necessidade de rápida adaptação que as empresas precisam hoje.
É uma nova forma de pensar como organizamos o trabalho a ser realizado ao invés de focar na organização das pessoas.
Muitas empresas até têm algum projeto ágil, uma iniciativa em tecnologia, em um grupo ou em outro, mas que por serem isoladas apresentam ganhos muito superficiais. Isso não significa que o ágil não funcione. Ele só não consegue operar milagres. É preciso que a empresa toda adote e, principalmente, habilite as pessoas para que elas sejam capazes de fazer a sua própria transformação. Afinal, quem está inserido no negócio é o único responsável e tem todo o conhecimento para fazer a mudança.
O nosso papel enquanto consultoria é apresentar ferramentas, mostrar plataformas, cases, conteúdo, informação, para que as pessoas fiquem confiantes. Esse processo de aquisição de agilidade é um processo longo, é uma jornada e também um processo de melhoria contínua. As organizações ágeis levam de quatro a seis anos para chegarem a uma nota de seis a sete de maturidade, em uma escala de zero a 10.
Felizmente, nos últimos dois anos as empresas já têm um pouco mais clara essa percepção da necessidade da transformação de pessoas. Até pelo tipo de serviços que querem contratar. Dificilmente se procurava por treinamentos de estratégia, de cultura, de recursos humanos. Vemos também a cada ano que passa os ganhos reais que as empresas têm ao empregar uma cultura de transformação e a diferença que isso faz.
Porém, não existe solução pronta. É preciso criar o caminho que vai ser adotado, de acordo com seu ambiente e estar preparado para tomar as decisões, que nem sempre são assertivas de primeira. O importante é não desistir ao longo do processo e ter muita resiliência e paciência. Não é só moda, não é só paixão, é ver resultado. Não tem mais como retroceder.
E esse é um tema sobre o qual temos muito sobre o que falar… Concorda?