Por: | 28 de setembro de 2021 5Min de leitura
Lançado em Novembro de 2020 com o nobre objetivo de facilitar as transações bancárias, tornando-as mais rápidas e eficientes, o Pix tem ganhado destaque na mídia devido a outros motivos: fraudes, sequestros e outros crimes.
Passados 10 meses de seu lançamento, pode-se afirmar que o Pix foi aceito pela maior parte da população, que não apenas aderiu, mas que efetivamente o utiliza em seu dia a dia. De acordo com o Banco Central do Brasil, em seu quadro de estatísticas de Usuários Cadastrados do DICT (Diretório de Identificadores de Contas Transacionais) em 31 de agosto de 2021, havia mais de 100 milhões de usuários, sendo em sua grande maioria, pessoas físicas.
Com tal crescimento, em pouco tempo o Pix tornou-se concorrente direto de outros meios de pagamento consolidados no mercado como o cartão de crédito, estabelecendo também novos padrões de comportamento, como a queda em transações via TED e DOC. Interessante notar que o fator propulsor dessa popularidade está ligado à facilidade e comodidade, contrariando as expectativas que a gratuidade seria o principal chamariz, de acordo com o estudo encomendado pela Zetta, uma associação de empresas de tecnologia atuantes no setor financeiro, ao instituto Datafolha.
Em contrapartida, golpes aplicados utilizando Pix tem gerado desconfiança entre pessoas que temem ser vítimas de fraudes que levem à perdas financeiras. Será que existe segurança nas transações via Pix? O Pix foi criado utilizando mecanismos de segurança confiáveis: autenticação do pagador, dados criptografados, motores antifraude, marcadores antifraude, transações rastreáveis, além de ser possível estabelecer limites diários de transações. Embora seja fato que no início houve relatos de falha, estas ocorreram devido a implementação incorreta por parte de pequenas fintechs que se descuidaram, mas a situação foi corrigida.
Sendo assim, onde está o perigo das transações? O principal perigo está na engenharia social, isso mesmo, não está ligado a falhas de segurança da operação, mas sim à inocência de pessoas que se deixam enganar pela manipulaçao psicológica para execução de ações que abrem as portas para roubo de dados.
Segue um exemplo clássico: um usuário desatento clica num link malicioso recebido numa mensagem de Whatsapp que permite a clonagem de seus dados, a partir daí, de posse de seus contatos os golpistas solicitam valores a serem transferidos via Pix. Observe que o que levou à fraude foi o comportamento humano, não uma falha de segurança.
Há outros golpes populares, como ligações telefônicas de supostos funcionários de bancos ou de centrais telefônicas de empresas, ofertando ajuda para realizar o cadastro do Pix, além de mensagens ofertando oportunidades de lucro devido a um ‘bug’ do Pix.
Por mais tentadoras que sejam as ofertas e por maior que seja nossa curiosidade, para nossa segurança, há regras simples que se aplicadas em nosso dia a dia, evitarão não somente fraudes através do Pix, mas de muitas outras formas maliciosas de roubo de dados. Seguem algumas:
O Pix utiliza a tecnologia a seu favor por adotar todos os padrões de segurança digital disponíveis, no entanto, o uso desse recurso requer cuidados como todas as outras transações digitais, trazendo benefícios e comodidade acompanhados de responsabilidade, cabendo a cada um de nós aceitarmos nosso papel na manutenção da nossa segurança, adotando boas práticas e não compartilhando mensagens que possam disseminar a engenharia social.
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