Por: | 3 de julho de 2020 4Min de leitura
Para os que acreditam, assim como eu, nessa afirmação, o mais obvio seria desenvolver um plano de adoção deste novo conceito e se destacar de seus concorrentes no futuro próximo.
O mais incrível, levando em consideração as empresas que tenho visitado e/ou conversado virtualmente, é que as pessoas parecem acreditar na afirmação, mas não tem sido assim tão obvio o desenvolvimento deste plano de adoção.
Com raras exceções, empresas que nasceram digitais, não acho que podemos dizer que uma determinada empresa é madura em IA, não podemos nem dizer que uma área dessa empresa é madura em IA. Por enquanto apenas podemos identificar pessoas dentro das organizações com maturidade em IA, e na grande maioria das vezes, essas pessoas não estão em posições estratégicas.
Essas pessoas, que entenderam IA, muitas vezes são entusiastas, evangelizadores dentro de suas organizações e tentam demonstrar o potencial através de Provas de Conceito (POCs). Infelizmente, para muitos, parecem caçadores de problema para a sua nova iniciativa.
Enquanto não aproximarmos IA do corpo estratégico das empresas, continuaremos a fazer provas de conceito de reconhecimento de cães e gatos, ou previsões de preços de apartamentos, sem conseguir promover mudanças e ganhos significativos para o negócio.
Arrisco então a fazer uma nova afirmação: “A Inteligência Artificial transformará as empresas que decidirem adotar IA em nível ESTRATÉGICO”
As pessoas que ocupam posições estratégicas em suas empresas, são as pessoas que visualizam novas ofertas, que imaginam reduções significativas de custos porque entendem profundamente seus mercados. Essas são as pessoas que depois de entender IA, serão capazes de identificar oportunidades dentro de suas organizações e alcançar a transformação prometida.
Não tem jeito, precisará ser top-down. Precisará ser entendida por quem é responsável pelo negócio, precisará de escopo real, precisará buscar ganho e/ou reduzir custos.
Pessoalmente defendo a teoria que é muito mais difícil um especialista de IA entender uma empresa para conseguir propor transformações do que um executivo entender o necessário de IA para promover essas transformações. E defendo que é possível e simples para um executivo entender como IA funciona sem precisar aprofundar em matemática, estatística e programação.
Seria como presentear esses executivos com uma nova ferramenta para suas caixas de ferramentas. Uma ferramenta nova e potente que poderia resolver problemas antigos e alavancar mudanças e inovações.
Em resumo, esse seria o primeiro passo para uma adoção real de IA, fazer com que os executivos entendam o potencial, patrocinem projetos, meçam resultados e desenvolvam toda uma nova mentalidade dentro das empresas.
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André Sorpreso
PMP – Sócio e Diretor de inovação da Cadmus